quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Travessia Cânion Laranjeiras ao Cânion do Funil, SC

Salve, galera!
Depois de algum tempo sem atualizarmos o blog, trouxemos o relato de uma travessia pelos cânions das
Laranjeiras e Funil, em Bom Jardim da Serra – SC.
Geralmente as pessoas vão conhecer apenas um dos cânions, não realizando a travessia, pois é extensa,
cerca de 25 Km, dependendo do trajeto de cada um e do tempo disponível.
A travessia foi feita no começo de Dezembro, e o tempo não estava muito favorável para realizar o
percurso, mas foi o tempo que tivemos para o rolê. Vai umas betas importantes, segura:
Observações: 1o Antes de se deslocar é necessário entrar em contato com o Ronaldo Coutinho,
meteorologista da região que pode passar maiores informações sobre o tempo –
http://saojoaquimonline.com.br/climaterra/author/coutinho/
2o Como os cânions ficam em propriedades privadas, é necessário avisar os proprietários
da intenção de realizar a travessia, caso contrário, podem ocorrer problemas, inclusive, de ter que encerrar
a travessia. Entramos em contato com o Sr. Miguel pelo fone (49) 99127-1014.

3o A travessia é muito complicada, não há sinalizações e o tempo muda abruptamente,
com muita serração e pouca visibilidade, então faça a travessia com guia ou GPS com mapa atualizado.
Feitas considerações importantes, vamos ao relato caneleiros de plantão HEHEHE. Saímos de
Joinville/SC rumo à Bom Jardim da Serra – cerca de 400 Km e combinamos com Miguel que o encontro
seria até o Mirante da Serra do Rio do Rastro - Lauro Muller – SC.
O dia amanheceu lindo e pela manhã, 07:30, entramos na Serra do Rio do Rastro – passagem obrigatória
para quem estiver pela região – a Serra do Rio do rastro é cortada pela SC-390 e é cercada de precipícios,
matas e cachoeiras. Em dias de céu aberto, a vista é estupenda.
Ao encontrar o Miguel, deixamos o carro perto do mirante e encostado no Posto da Polícia Rodoviária
Estadual e, com o veículo do Miguel partimos para a Fazenda Santa Cândida, ponto de início da travessia.
Após 25 minutos, chegamos à fazenda e nos encontramos com a proprietária que nos passou algumas
informações importantes: A travessia é feita passando por diversas propriedades privadas, cerca de 3 ou 4,
incluindo a do Seu Miguel. Entretanto, os demais não foram avisados que faríamos a travessia, assim o
Seu Miguel ficou incumbido de avisá-los.
Pagamos as taxas e locomoção dessa maneira: Seu Miguel cobra 100,00 reais por cabeça para realizar a
transporte até a fazenda (isso mesmo, amiguinho, R$ 100,00 temers) + R$ 50,00 por cabeça para acampar
na sua propriedade. Ainda bem que os demais proprietários não está cobrando, por enquanto, senão a
travessia custaria um órgão HEHEHEHE
Iniciamos a travessia pela trilha que não possui muitas dificuldades e, após não muito tempo, avistamos o
Cânion das Laranjeiras – um lugar singular, onde percebemos o quão pequenos somos perto dessa
natureza incrível construída pelo Paizão. Depois de algum tempo contemplando o visual e petiscarmos
um lanchão, seguimos a caminhada. Para continuar, tivemos que retornar um pouco e seguir pela direita,
onde eu repito que é necessário ter um GPS pois a trilha não é batida e muito menos sinalizada. Talvez há
a possibilidade de contornar o cânion mas resolvemos retornar conforme um guia que encontramos lá nos
orientou.
Grande parte da travessia possui charcos, são aquelas poças que você pisa e afunda seu pé até canela, ou
até o joelho kkk. Ai você pensa em pisar bem tranquilo para o pé não afundar e não tem jeito, afunda de
qualquer jeito – a dica é amarrar bem os tênis porque o meu quase ficou por lá. (Fomos num período de
muita chuva).
Após um momento, temos que entrar na direita e passar por uma cerca para continuar a trilha. Mas antes
disso pode subir mais um pouco e contemplar uma vista maravilhosa. Subimos, descansamos e tiramos
umas fotos e voltamos. Depois de seguir a trilha, passamos uma cerca e continuamos e foi quando o GPS
acusou que deveríamos entrar a esquerda. O problema é que não existe uma trilha batida e foi aí que
ficamos em dúvida, então resolvemos seguir o GPS e entramos na mata totalmente fechada kkk bicho
papão! Ai que o bicho começa a pegar rs. A trilha nessa parte não existe e a gente teve que abrir no braço,
então prepare-se para encarar uma trilha bem chata de fazer por um período. Depois de terminarmos essa
parte mais complicada, passamos por um vale com árvores secas, um lugar muito bacana e gostoso de
andar. Após uma caminhada mais tranquila, os charcos voltaram a aparecer com força máxima – aí que o
cansaço pega quem não estiver preparado porque a cada passo o pé afunda até o joelho, além do que
fomos num período de bastante chuvas por lá – o ideal é ir no período onde as chuvas dão uma trégua.
Após passarmos por algumas cercas que separam as propriedades, resolvemos acampar num lugar
sensacional, na beira de um cânion, onde preparamos uma janta e recuperamos as energias para seguir no
próximo dia. Ao amanhecer desmontamos a acampamento e seguimos caminho. O dia amanheceu

nublado e a névoa era constante, e em alguns momentos não dá para visualizar nada; em alguns trechos
dávamos de cara com alguns bois kkk tensos momentos!!! (Ainda mais com amigos que ficam inventando
e falando que o boi tá correndo atrás da gente só pra apavorar os brodi HEHEHE). A trilha passa por
algumas pequenas matas fechadas e novamente frisamos que não há nenhuma trilha indicando o caminho.
A tarde, chegamos ao cânion do funil mas estava muito nublado e não vimos quase nada, infelizmente a
chuva veio com força dificultando MUITO a travessia. Depois de pedir uma trégua para São Pedro,
seguimos caminho e nesse dia andamos aproximadamente 12 km. Resolvemos montar acampamento pois
novamente a chuva iria apertar e dessa vez acampamos no território dos bois kkk pensa nuns bois
curiosos.
Fizemos um rango e como o cansaço era grande dormimos cedo e tocamos caminhada pela manhã; havia
pouco neblina mas mesmo assim perdemos alguns visuais – um pouco chato. Rumo ao final, passamos
pelo último cânion “ RENAN VC LEMBRA O NOME”? e, mais adiante, avistamos um celeiro ou casa
bem na beirada do precipício, muito bacana. Depois, seguimos pela direita em direção à rodovia, onde o
Miguel havia falado para nós irmos porque se continuássemos pela trilha sairíamos numa propriedade e
poderíamos ser expulsos pelo proprietário da terra – ele proibiu qualquer tipo de travessia em sua
propriedade, salvo engano porque havia morrido alguma pessoa por lá, notícia triste.
Depois de chegarmos à rodovia andamos mais uns 2 ou 3 km até o posto da Polícia Rodoviária, sem
sucesso no pedidos de carona.
Bom galera, essa travessia foi muito especial, na real todo rolê é singular e traz aprendizados e muita
simplicidade invade nossos corações. Qualquer dúvida estamos à disposição, até a próxima!



Relato: Laercio Pires



quarta-feira, 28 de junho de 2017

Pico Olimpo, PE do Marumbi, Morretes PR

Pico Olimpo, Parque Estadual do Marumbi, Morretes PR

Salve galera, vamo pra cima de mais um relatinho por aqui, dessa vez iremos falar sobre nosso role no Parque Estadual do Marumbi, mais especificamente na subida do Pico Olimpo.
Raxamos de Londrina, sentido Morretes, o que deu uns 460 kms. Morretes é uma cidade bem tranqüila, muito conhecida pelo seu famoso prato típico, o Barreado!
Chegamos na cidade por volta das 22:00 hrs, paramos em uma ferinha próxima a linha do trem e já mandamos pra dentro um lanchão de barraca que tinha por lá. Pernoitamos na cidade no Hostel Vó Idalina, lugar tranqüilo, bem aconchegante e com um preço bom (R$ 50,00).
Despertamos  logo as 6 da matina pra irmos para o parque armar nosso camping e irmos ao ataque do cume, pois como iríamos apenas passar o fim de semana por lá, acabou sendo um pouco corrido.

Do hostel até a entrada do parque gastamos cerca de 9 km, tudo bem informado, qualquer pessoa na rua vai saber te dizer por onde ir. Até a entrada do parque, tem um trajetinho tranqüilo de estrada de terra podendo ser percorrido por qualquer carro.
Porém após a entrada do parque, só é possível seguir adiante de carro traçado 4x4, ou apé, pois a estrada é bem íngreme (bem mesmo).
Abaixo temos algumas distâncias úteis:

:: Estação Eng. Lange até a Estação Marumbi = 900m
:: Estação Eng. Lange até a "escadinha" - saída da trilha do Itupava = 800m
:: Eng. Lange até o posto do IAP "Prainhas" = 3,2 Km
:: IAP "Prainhas" até o recanto "Santuário Nhundiaquara" (restaurante) = 2,4 Km
:: IAP "Prainhas" até a ponte de ferro, início do asfalto = 4 Km
:: Ponte de ferro até o "centrinho" de Porto de Cima (D. Siroba) = 600m
:: Ponte de ferro até o centro de Morretes (Rodoviária) = 7,6 Km

Por estarmos de carro traçado, seguimos até a estação Engenheiro Lange, lá tem vaga para uns 10 carros, portanto é bom se informar no posto do IAP, a disponibilidade de vagas, pra não perder sua viagem. Também é necessário a reserva para o camping, pois existe lugares para 30 barracas.

Tocamos até o camping, montamos nossas barracas, preparamos a mochila de ataque e partimos as 09:00 da manhã para o Olimpo, optamos em irmos pela via branca, a Frontal.
O inicio do trajeto já nos mostrava o que nos esperaria, desde o começo já é bem íngreme, sendo necessário a escalaminhada, haja perna HEHE.
Nos trajetos mais difíceis, encontram-se cordas, correntes e os famosos grampos, tudo para auxiliar os aventureiros.

Pessoas que sofrem de medo de altura, podem apavorar em alguns paredões que existem os grampos, mas nada que com muito cuidado e precaução, não possa ser vencido. O tempo alternava entre nuvens e janelas de sol, as vezes uma leva garoa nos refrescava em meio a trilha. Pausas para comer, tirar fotos e gravarmos vídeos, eram freqüentes, íamos em um ritmo suave.





Gastamos cerca de 5 horas para chegarmos ao cume, pelo fato de irmos sem pressa, gastamos mais tempo do que havíamos planejado.
Chegado ao cume, um pouco de decepção, muitas nuvens que impossibilitavam nossa visão, não tínhamos visibilidade nenhuma, conversamos com um grupo que estava por lá que nos disse que o tempo estava fechado desde que chegaram e que achavam que não abriria.
Decidimos esperar  e Deus nos presenteou, as nuvens se abriram e fomos agraciados com o espetáculo que é a visão de cima do belíssimo Pico Olimpo, com seus 1539 m.
Ficamos cerca de 1 hora no cume, e nossa intenção era voltarmos pela via noroeste, a vermelha. Mas como pegaríamos trajetos pela noite, optamos por voltarmos pela branca, por já conhecermos o trajeto.

Batemos em retiradas,de volta ao camping, gastando mais ou menos (pois meu relógio havia acabado a bateria hehe)  umas 3  horas na descida! Chegamos ao aconchegante e belo camping, que conta com banheiro limpo, água quente, ponto de apoio para cozinhar e uma excelente estrutara, e o melhor, NA FAIXA HEHE.

É isso ai, para mais informações entre em contato conosco, estaremos felizes em poder ajudar!



Renan Calixto
PassoForte Trekking


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Trilha do Pitoco

Salve, galera! Hoje falaremos sobre uma trilha muito tranquila e gostosa de realizar, a Trilha do Pitoco.
A Trilha do Pitoco situa-se na Linha Goio-ên, Estr. Capinzal - Alto Lagoa Funda, cerca de 30 km da cidade de Chapecó/SC, em sentido ao Rio Grande do Sul pela SC-480. 
A entrada é bem localizada, e possui como ponto de entada a Rota Vale do Rio Uruguai. Já a estrada para iniciar a trilha é de terra batida, com aproximadamente 10 km, sem buracos, com paisagens e mirante para observar o rio Uruguai.
Na chegada para iniciar a trilha é necessário pagar um valor de R$ 10,00, com estacionamento para deixar o veículo. A Trilha do Pitoco possui cerca de 3 KM e não é difícil de realizar, mas possui alguns trechos que necessitando cuidado – alguns trechos é necessário atravessar o rio para seguir a trilha, contando com cabos de aço para auxiliar. A trilha possui o mesmo trecho ida/volta, além de possuir 5 cachoeiras para conhecer, tornando o passeio muito atrativo e ótimo para um banho de cachoeira.
É uma trilha que vale muito a pena fazer em um final de semana, além de possuir lugares para acampamento, com boa estrutura.
Até a próxima, pessoal!